sexta-feira, 7 de novembro de 2008

tempotempotempo(...)


O Tempo é efêmero
o relógio. sol. a terra. o céu
movimentos
instantes que não voltam mais
a lembrança
a doce festividade interior
paralisa os sentidos
enobrece a memória
Tempo é relativo
invisível
é beijo do vampiro.
Tempo é conforto das tempestades negras
é eternidade das desiluões
e dos apaixonados
Tempo é temor das gerações
pesadelo dos vaidosos
a transição
ciclo
passadopresentefuturo
Tempo é invenção do serhumano
para ser recomeço, para virar parâmetro
para virar teoria
preocupação.
Tempo renova
não dá brecha pra repetições
inventa sonhos
reinventa conceitos
torna-te o seu prórpio desconhecido
faz-se novo, doce e estranho
Caras que distribuimos à ele
são as formas como veremos
o passo passar
o ônibus chegar
o farol acender
e o carro ultrapasssar o mundo
Tempo
é passível de desejo
ansiedade
carinho
Sem começo nem fim
tempo é toda hora
é ampulheta do jogo
de mímicas inimitáveis
Na parede da cozinha,
é cheiro de bolo
Na escrivaninha do escritório;
é produtividade capitalista
No sol é dia,
Na noite é imensidão.
Tempo é brisa hoje
mais amanhã será ventania varrendo
o arquivo da sua vida

Tempo?(...)
Cabe em reticências
(...)

sábado, 27 de setembro de 2008

litorâneo*


~
O mundo rompe em seu constante desassosego
olhos ansiosos
procurando passos perdidos na areia
Seus dissabores levam o mar
e os cabelos esperam as carícias do vento
Entregando-se toda, ela é a parte
vivida
da vida
encontrada
em tudo
que só é sentir
gostos e sabores mentais
deleitam o tempo
que já não é mais:
se foi, disfarçado
de horizonte multicolorido.

Tatiane Ribeiro~

sábado, 30 de agosto de 2008

a falta presumi o ocaso~

Eu não sonho com você.
Você é uma saudade nostálgica toda particular e consumista
que circunscreve os meus segundos vazios de afagos.
A mentira mais gostosa.
O amor do tamanho do dia;
Dias que resumem as cores do ocaso.
Cores que não precisam ser a do verão: eu sei que elas coexistirão com o sol
O infinito são os olhares e os beijos.
Conheço-te a minha maneira
a partir da ilusão de te encontrar fragmentado nos sorrisos de outros.
Pedaços de você espalhados por ai...
Ai se eu pudesse te encontrar completo
pra gente brincar de corromper o tempo!

Tatiane B. Ribeiro~

quinta-feira, 1 de maio de 2008

singularidade

Ás vezes sou tão singular nas minhas divagações que acabo me perdendo entre meus próprios furacões. Saber questionar é ter coragem para penetrar nas suas próprias cavernas e mesmo com a escuridão momentânea acreditar na existência de algo além das suas auto-contradições.Introspecção.Acreditar, formar, ser uma idéia.Toda uma ideologia de precisar ser assim, tão presa aos fins.A extensão de você, o choque de não ser nada em frente ao espelho, por ser tudo atrás dele.Eu não preciso de nada disso.Não quero a própria imagem,preciso de reflexos de alma.Não quero ser uma idéia formada(já não sei mais se essa idéia era minha).Tudo mentira. A indução, a forma dissimulada de 'serhumano'. Viver, tentar virar cego.Pra parar ser um fundamento sem fundamento.Virar um sorriso sincero inabalável.Zéfiros.Para gozar a delícia da ignorância.

Tatiane B. Ribeiro~

quarta-feira, 30 de abril de 2008

'quem quase vive já morreu'

"Ainda pior q a convicção do não e a incerteza do talvez.. é a desilusão de um QUASE. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga.. quem quase passou ainda estuda.. quem quase morreu está vivo.. quem quase amou não amou de verdade. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de VIVER ESPERANDO. Pergunto-me, às vezes, o q nos leva a escolher uma vida morna; A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia" e dos "Eu te Amo". Falta coragem até pra ser feliz. Se o valor das coisas estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza!!O nada não ilumina, não inspira, não aflinge e nem acalma..Apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si!!Não é que fé mova montanhas, nem que tdas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente PACIÊNCIA.. porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há PERDÃO; pros fracassos, CHANCE; pros amores impossíveis, TEMPO. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, q a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, VIVENDO que ESPERANDO porque, embora quem quase morre esteja vivo...QUEM QUASE VIVE JÁ MORREU!!"L. F. Veríssimo

quarta-feira, 5 de março de 2008

retrato-pensando

Olho no Olho.
Cílios alongados pela vaidade postiça. Cores desbotadas pelo sol, Brilho conservado pela luz. Luz que reluzia olhar.
Naquela pequena distância corporal, tão pequena quanto a proximidade do interior espiritual o visual refletia o carnal emoldurado em bordas finas do objeto à pouco resgatado da bolsa. Reflexo indiferente às publicações personificadas da imagem perfeita inventada.
Perfeição, concretude: o ser-escravo-da-imposição(relativa>. Influência é auto retrato pelos olhos de outro(corrupção!?); Bem estar é você pelo eu-crítico da biografia.
Cada traço que desenha é o mesmo que sorri.
Olho no Olho.
focalizado.
embaça.
De olhos apagados o reflexo surge.
Faça aqui seu 'retrato-pensado':

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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

ensaio da auto-leitura.

Uma menina.
Carregava livros, livros que a acompanhava por onde quer que fosse! Bolsa pesada, sem esmero, consigo tinha todo tipo de volume, cores , para satisfazer diversos paladares!
Abria a porta, caminhava pelas ruas, passava nos faróis, tropeçava na calçada , era cantada por pedreiros na construção, admirada por olhares curiosos; corria atrás do ônibus. Viajava e depois Abria a porta, caminhava pelas ruas, passava nos faróis, tropeçava na calçada , era cantada por pedreiros na construção, admirada por olhares curiosos; corria atrás do ônibus.ee.. Viajava[..]

Pessoas que 'admiradas lançam olhares curiosos' jamais puderam um dia sequer ver a cor de seus olhos. Era um grande mistério, ninguém jamais soube como chegou até ali, ou como mudou , ou como reformou a casa, como troca o gás, limpa a casa, se seus cães são tosadas ou se na verdade nem gatos têm!
Porém jamais tinham se perguntado o quão sua mão se cansava com a suspensão dos livros permanentemente ou se trocava de obra periodicamente, ou à cada 'troca'.

O que ninguém imaginava que à cada pôr-do-sol a menina pudia ver claramente todas as cores refletidas dentro de si. E não é porque vivia com os pés grudados na página que não podia voar pra bem longe(ainda mais longe,dentro de si).
Seus olhos pontes imaginária para a realidade, na verdade são conectores de ilusão.
Uma vez que a realidade é relativa.
E a alienação também: Não vou tomar partido, mas ou era A menina que precisava escrever um pouco ou as pessoas que 'admiradas lançam olhares curiosos' seriam cegas!?

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

por não ter 'respiro'

Ás vezes o vento vem te beijar como se fosse criança, com a leveza do ser e ser assim o(s) simples[sem] sentido(s).Que por não fazer sentido, vêm te dizer, te acalmar.E te abraçar como sol.O calor latejando em cada célula do seu corpo. Tenta tomar assim o vazio dentro de você.Você precisa de chama.é o prório calor da vida.almeja a flama.a essencia.água corrente.sol escaldante.terra incerta.voar e ser assim, a mercê dos ventos.