sábado, 28 de novembro de 2009
o espaço
Pensei que o muro entre nossos olhares causasse suficiente dor. Mas este espaço vazio, preenchido de ar é a angústia sublime, disfarçada de silêncio.
O coração torcido como se fosse um pano molhado já se acostumou a parar a cada flash de lembrança que cruza minha mente: Te vejo na cozinha fazendo pão na chapa e na passadeira...Te vejo no banheiro sujo de pasta-de-dente e na sala apertado em meus braços, no quarto são só olhares, eu lembro daquelas lágrimas.Está gravado na minha mente... até posso ouvir vc sussurando em meus ouvidos, beijando minha testa, acaraciando minhas costas. Eu posso ver o desenho das suas veias saltadas,todas as cores dos seus olhos que ficam pequeninos qndo vc sorri.
Posso sentir a intensidade de cada momento compartilhado, de cada monguisse, de cada palavra dita. Anestesiada imagino pq este espaço tem q ser tão grande... Se nosso amor não conseguirá preenche-lo.
(ainda há flores...)
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Discípulos de Caeiro
Talvez agora eu entenda um pouco de Alberto Caeiro e da sua obsessão pelos prazeres dos sentidos e pela negação da razão.
Ei, você leitor, já viu um pôr-do-sol na praia com todas as cores dilarecadas nos alaranjados do horizonte? Já presenciou a chegada silenciosa e os ruídos do vento morno que antecede uma chuva de verão? Você, que nunca foi beijado pelo vento, acariciado pelo sol ou acalentado pelo canto dos pássaros; Jamais entenderá a delícia e plenitude de estar em sintonia tão fina com o Nada. Esta doce e completa falta de sentido. É um vazio tão cômodo que me invade quando estou assim, de mãos dadas com Deus, na verdade dá-se o nome de vazio à paz sublime, ao interior tão cheio de tudo por ser a simplicidade do agora, do único, naturalmente inebriante.
Seus olhos que, acostumados à processar as imagens caóticas: de carros aos milhares, prédios atravessando nuvens, sujeira, poluição , pichação; Ficam anestesiados com a imensidão incomparável que se entende por entre copas e flores. Seus ouvidos que, acostumados à ser bombardeado com notícias de novas guerras que explodem , assassinos que desafiam ainda mais a incoerência do serhumano(!?), buzinas, multidão; Ficam imediatamente relexados pela leveza do sussuro do vento , da conversa doce e fina da maresia. Seu nariz, que sujeito à bronquites, sinusites e 'poluite'; Ficam eternecidos com os aromas puramente únicos; desprovidos de queimas fósseis, de escapamentos ou chaminés.
Um estranho no meio do mundo.Meus sentidos ficam dopados e assim deixam-me também.
Paralisada, sou as multicores de emoções que ficam interiorizadas.Sou sentimentos ocultos não verbalizados.Sensório.
Assim, torno-me muda aos meus próprios questionamentos, às minhas próprias angústias. E esqueço de ambições, de amores, de problemas. Me esqueço de lembrar. Esqueço-me de voltar. me Esqueço-me ali.Perdida em um olhar.
Ei, você leitor, já viu um pôr-do-sol na praia com todas as cores dilarecadas nos alaranjados do horizonte? Já presenciou a chegada silenciosa e os ruídos do vento morno que antecede uma chuva de verão? Você, que nunca foi beijado pelo vento, acariciado pelo sol ou acalentado pelo canto dos pássaros; Jamais entenderá a delícia e plenitude de estar em sintonia tão fina com o Nada. Esta doce e completa falta de sentido. É um vazio tão cômodo que me invade quando estou assim, de mãos dadas com Deus, na verdade dá-se o nome de vazio à paz sublime, ao interior tão cheio de tudo por ser a simplicidade do agora, do único, naturalmente inebriante.
Seus olhos que, acostumados à processar as imagens caóticas: de carros aos milhares, prédios atravessando nuvens, sujeira, poluição , pichação; Ficam anestesiados com a imensidão incomparável que se entende por entre copas e flores. Seus ouvidos que, acostumados à ser bombardeado com notícias de novas guerras que explodem , assassinos que desafiam ainda mais a incoerência do serhumano(!?), buzinas, multidão; Ficam imediatamente relexados pela leveza do sussuro do vento , da conversa doce e fina da maresia. Seu nariz, que sujeito à bronquites, sinusites e 'poluite'; Ficam eternecidos com os aromas puramente únicos; desprovidos de queimas fósseis, de escapamentos ou chaminés.
Um estranho no meio do mundo.Meus sentidos ficam dopados e assim deixam-me também.
Paralisada, sou as multicores de emoções que ficam interiorizadas.Sou sentimentos ocultos não verbalizados.Sensório.
Assim, torno-me muda aos meus próprios questionamentos, às minhas próprias angústias. E esqueço de ambições, de amores, de problemas. Me esqueço de lembrar. Esqueço-me de voltar. me Esqueço-me ali.Perdida em um olhar.
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